sábado, 18 de abril de 2009

Fantasias

Quando estava a ponto de desistir da minha sexualidade, acreditando que nenhum homem seria capaz de me fazer sentir atraída, cheia de excitação, com vontade transar mesmo, eis que me aparece ele.
Magro, sem músculos definidos, diferente do tipo físico que normalmente considero irresistível, mas com um rosto e personalidade exóticos. Emanando pequenas doses de charme e mistério por cada poro do seu corpo, cada palavra pronunciada, funcionou apenas como uma faísca, mas não qualquer faísca, uma especial pra acender a minha mente e incendiar meu corpo.
Cada segundo que eu passava contemplando-o fazia com que eu me sentisse mais quente, desejando morder e apertar aquele corpo contra o meu. Hipnotizava-me. Em cada movimento que ele fazia eu tentava observar aquele volume por debaixo da calça de tecido fino, desejava cada vez mais saber como seria a sensação de ser penetrada por aquele cara, conhecer e dar prazer ao membro responsável por todo o prazer que eu sei que seria capaz de sentir.
Só pensava: será que é grande? Seria cheiroso? Como é a sensação de chupá-lo todinho? Não podia imaginar ele me penetrando, pois apenas com a imaginação quase chegava ao êxtase. Ele me atraia de um jeito insano, a razão da minha vida seria transar com ele, sentir seus lábios úmidos explorando cada pedacinho do meu corpo, suas mãos descobrindo e acariciando meus seios, sentir aquele membro dos deuses ser pressionado contra o meu corpo só pra me provocar.
Tive que me recompor, afinal, estava em uma festa na casa de uma amiga, e quando se pensa em sexo parece que fica tatuado na nossa testa, pois ele me olhava como se eu fosse um pedaço suculento de carne pronto para ser devorado.
Fantasiando que minha noite terminaria em sexo com aquele rapaz, Cadu chega na festa, e lá se vão minhas esperanças de aproximação com o alvo. Cadu e eu temos um relacionamento aberto, muitas coisas em comum e um sexo bom. Mas como fazer para me aproximar do alvo, sem que Cadu atrapalhe? Não posso simplesmente dispensá-lo, afinal, já havíamos combinado de ir juntos.
Mesmo trocando beijos com Cadu, não hesitava em mandar olhares insinuantes para o meu futuro amante. A noite foi passando, os olhares se intensificando assim como o grau de embriaguez.
Estávamos na varanda, eu, Cadu, Daniel (devidamente apresentados agora) e dois casais de amigos se pegando loucamente nos sofás (que inveja). Percebi que Cadu estava cheio de excitação, com seu membro tão rígido que ele tinha dificuldade para achar uma posição confortável. Isso me deixou muito excitada e intrigada por saber o que havia repentinamente deixado-o assim, seriam os amassos empolgados de um dos casais ali, ou o álcool mais a vontade de me comer? Sem poder parar pra perguntar tive que sair correndo para ir ao banheiro, pois aquela bebida toda tinha que sair uma hora.
O banheiro de dentro da casa estava ocupado por um casal transando, peguei-os no flagra, mas mesmo assim eles pareceram não se importar. Nesse momento me imaginei no lugar desse casal, só que com o Daniel. Não sabia se era mais urgente ir ao banheiro ou dar voz à esse pensamento.
Achei um banheiro desocupado na parte de fora da casa. Ali era uma suíte, bem arrumada, onde a minha amiga as vezes se encontrava com o namorado. Para a minha surpresa, quando estava saindo desse quartinho, depois de ter aliviado minha bexiga, dou de cara com ninguém mais que Daniel.
Ele sorriu marotamente e foi em minha direção. Senti minhas mãos suarem frio, meu coração bater mais rápido de excitação, e todo meu corpo se incendiar quando ele aproximou seu rosto do meu. “Você me deixou louco desde o primeiro momento que a vi” foi o suficiente pra sentir incendiar entre as minhas pernas, em um desejo louco de ser tocada e violada por ele.
Fiquei estática, sem ação, enquanto ele lentamente encostava sua mão na minha cintura, puxando-a levemente contra a sua, pude sentir aquele membro já ereto e preparado para me dar prazer. Mais uma vez senti incendiar. Levemente, como quem provoca, ele encostou seus lábios nos meus. Pude sentir seu hálito suave e delicioso enquanto ele colocava sua língua quente dentro da minha boca.
Suas mãos deslizavam e me tocavam como se soubessem exatamente o que fazer ou para onde ir. Seu jeito respeitoso e sensual de me tocar me fizeram sentir a mulher mais delicada do mundo, e ele, o único digno de me tocar.
Ele deixou lentamente de me beijar, e com a mesma cautela foi descendo para explorar meu corpo com seus lábios macios e sua língua quente. Começou pelo pescoço, dando beijos leves e molhados, ao mesmo tempo em que colocava suavemente sua mão por entre as minhas pernas. Dei um leve salto de excitação. Pude sentir sua respiração ofegante quando escorreguei minha mão pelo seu tronco, e por cima da calça lentamente a aproximei do seu pênis.
Agora ele já não me tocava mais tão suavemente, sentia a intenção de me devorar em cada mordida contida, na intensidade e na suavidade que suas mãos não decidiam, me tocavam com malicia, com desejo. Era a mulher mais desejada do mundo.
Sem aviso o empurrei na cama que lá havia, tirei sua camiseta o mais rápido que pude e comecei a beijar e mordiscar seu peitoral que apesar de magro era definido. Ele não tinha pelos, o que deu mais liberdade para minha boca passear por onde quisesse.
Minhas mãos desinibidamente despiram sua calça e cueca. Senti a boca salivar quando vi aquele negocio duro, pulsando de excitação. Não hesitei em metê-lo todo na minha boca maravilhosa.
Ele puxava meu cabelo com força enquanto minha língua se fazia feliz por conhecer seu sabor. Quanto mais ele puxava, mais eu me empolgava, lambia da cabeça até em baixo, depois metia-o todo o mais profundo que minha garganta aguentasse, o sugava rapidamente em um movimento de vai-e-vem com ajuda das mãos. Ele delirava, me apertava cada vez mais forte, e dizia “chupa essa pica sua safada, chupa ela todinha ate não sobrar nada”, eu o lambia com o mesmo prazer de alguém que chupa um delicioso sorvete de morango, até que logo em seguida senti seu gozo quente jorrando pra dentro da minha boca. Era delicioso. Melhor que sorvete de morango. Eu queria mais.
Ele se levanta e me põe de pé na sua frente, com a mesma cara safada que me beijou, tira a minha calça e junto a calcinha. “Nossa que bucetinha deliciosa, toda peladinha” disse enquanto levantava uma das minhas pernas, e aproximava sua boca. E que boca! Macia e com uma língua astuta, ela deslizava e se agitava toda ao passar pelo meu clitóris. Minhas pernas tremiam. Eu estava tão embriagada por aquele prazer quase não percebi quando ele gentilmente introduziu um dedo e começou a brincar com ele lá dentro.
Até então ninguém havia feito isso. Ele realmente sabia o que estava fazendo, o meu prazer só aumentava. Ele me chupava, mordia de leve, eu estava quase implorando pra ele me penetrar quando senti uma pressão na minha cabeça, meu corpo ficou pesado e queimando com a mesma rapidez que ficou leve, relaxado e cheio de disposição. Gozei.
Sinto um par de mãos apertando minha cintura, e algo me penetrando bem lentamente por trás. Quando olho assustada, reconheço Cadu, por um momento relaxo por saber que é ele, mesmo momento que ele aproveita e me penetra completamente e geme de prazer.
“Filho da puta! Que porra é essa?” eu grito. Daniel segura a minha mão e explica que eles já haviam combinado de fazer isso. “imaginei que você fosse gostar se nos fizéssemos algo diferente, afinal, vi que você só faltou pular em cima dele mais cedo” completou Cadu.
Um sorriso se abre no meu rosto. Era uma fantasia que sempre quis realizar.

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